segunda-feira, 18 de julho de 2011

Greve Planos de Saúde

Terão início no dia 1º de setembro as paralisações do atendimento médico a seis planos de saúde que ainda não aceitaram iniciar as negociações de reajuste do valor dos honorários. O cronograma foi definido na semana passada pelas associações que representam os médicos que atendem em São Paulo.

Os planos que terão o atendimento interrompido são: Gama Saúde, GreenLine, Abet, Intermédica, Companhia de Engenharia de Tráfego e Notredame. Os outros quatro que também seriam alvo da paralisação aceitaram negociar. São eles: Porto Seguro, Cassi, Embratel e Caixa Econômica Federal.

Ginecologistas e obstetras vão interromper o atendimento eletivo entre os dias 1º e 3 de setembro. Os otorrinolaringologistas param de 8 a 10 do mesmo mês, pediatras deixam de atender de 14 a 16, pneumologistas param de 21 a 23, e cirurgiões plásticos deixam de atender entre os dias 28 e 30 de setembro. Urgências e emergências serão garantidas.

Os anestesiologistas também vão parar as atividades semanalmente, acompanhando as áreas que estiverem no rodízio. Por exemplo: vão interromper os procedimentos ligados à ginecologia na primeira semana, os da otorrino na segunda semana, e assim por diante. O movimento seguirá até que todas as reivindicações sejam atendidas.

Segundo Florisval Meinão, vice-presidente da Associação Paulista de Medicina, a suspensão do atendimento acontecerá em forma de rodízio para não prejudicar os usuários. “A ideia é tentar entrar em negociação para que a paralisação não seja necessária. Mas algumas operadoras sistematicamente recusam iniciar o diálogo”, diz Meinão.

Os médicos querem reajuste do valor da consulta para R$ 80. Hoje, o valor varia entre R$ 35 e R$ 45, dependendo da operadora. “Queremos um valor único, sem diferenciação”, diz Meinão. Os médicos também pedem a regularização dos contratos com as operadoras e o fim das pressões dos planos para que reduzam solicitações de exames, internações e procedimentos.

Segundo Meinão, 19 outras operadoras receberam cartas para iniciar a negociação, mas ainda estão dentro do prazo. A ideia é fazer o mesmo com as cerca de 300 operadoras que atuam em todo o Estado até o fim do ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Evidências científicas das medidas para prevenção da gripe

A Fundação Cochrane, entidade especializada em práticas baseadas evidências científicas, realizou revisão sistemática de literatura sobre intervenções para interrupção ou redução da disseminação de viroses respiratórias, incluindo gripes e resfriados. Nesta revisão forma excluídas as vacinas e drogas antivirais, objetos de revisões específicas anteriores. As fontes de pesquisa foram: biblioteca Cochrane, Medline, Oldmedicine, Embase e Cinahl, envolvendo até novembro de 2.006. Das 2.300 citações encontradas, foram selecionados 138 ensaios clínicos, incluindo 49 artigos referentes a 51 estudos.
Dentre as medidas mais eficazes foram destacadas: reforço de medidas higiênicas entre as crianças, reduzindo a transmissão para ouros membros da família; utilização correta das medidas de isolamento (precauções com gotículas) e adoção de medidas higiênicas. Foram observadas evidências limitadas sobre a superioridade das máscaras N95, questionando-se sua eficácia por serem mais caras e desconfortáveis. Também os estudos foram inconclusivos a respeito do emprego de antissépticos para a lavagem das mãos.
Os autores concluíram que medidas simples e econômicas podem ser úteis na redução da transmissão de viroses respiratórias, cuja implementação pode ser facilitada devido a ameaça ou a ocorrência de epidemias.