Metas Internacionais de Segurança do Paciente, com
o propósito promover melhorias específicas em áreas problemáticas na
assistência, como estratégia
para redução do risco de erros e eventos adversos em Instituições de Saúde. São
elas:
Meta 1. Identificar os pacientes corretamente
Falhas na identificação do paciente podem resultar em erros de
medicação; erros durante a transfusão de hemocomponentes e em testes
diagnósticos; procedimentos realizados em pacientes errados e/ou em locais errados;
entrega de bebês às famílias erradas; entre outros.
A identificação do paciente visa garantir a segurança do
paciente em qualquer ambiente de cuidado à saúde, incluindo unidades de
internação; pronto atendimento; coleta de exames laboratoriais; exames e
procedimentos invasivos, sendo preconizado o uso de etiquetas ou pulseiras de
identificação com a utilização de, no mínimo, dois identificadores (ex.: nome e
data de nascimento).
Meta 2. Melhorar a comunicação efetiva
Uma comunicação efetiva, que seja oportuna, precisa, completa,
sem ambiguidade e compreendida pelo receptor, reduz a ocorrência de erros e
resulta na melhoria da segurança do paciente.
As comunicações mais propensas a erros são as prescrições
verbais, e aquelas feitas por telefone, quando permitido pelas leis ou
regulamentos locais. Outra comunicação suscetível a erros consiste na
informação de resultados de exames críticos. É recomendada a adoção de um
processo que garanta a anotação de toda a prescrição ou resultado de exame,
pelo receptor da informação; a releitura da ordem ou resultado do exame por
parte do receptor; e a confirmação de que o que foi anotado e lido está correto.
Meta 3. Melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância
Medicamentos de alta vigilância são aqueles medicamentos
associados a um porcentual elevado de erros, com risco mais elevado de
resultados adversos, e medicamentos com aparência e nomes parecidos. Existem
listas de medicamentos de alta vigilância disponíveis em instituições como a
OMS e o Instituto de Práticas Seguras de Medicação (ISMP).
Para prevenir erros relacionados à administração indevida, estes
medicamentos devem estar identificados (com rotulagem que o sinalize como
medicamento de alta vigilância) e segregados, ou seja, armazenados em locais
previamente definidos, de preferência fora das unidades de cuidado.
Meta 4. Assegurar cirurgias em local de intervenção correto,
procedimento correto e paciente correto
Cirurgias ou procedimentos invasivos em locais ou membros
errados são erros totalmente preveníveis, que ocorrem em função de falhas na
comunicação e na informação.
A adoção do Protocolo Universal para prevenção de cirurgias com
local de intervenção errado, procedimento errado ou pessoa errada criado pela Joint Commission visa prevenir erros
desta natureza. Este protocolo inclui:
- Marcação
do local da cirurgia ou do procedimento invasivo. A marcação recomendada é um
círculo ou dois círculos circunscritos simulando um alvo. Cuidado! O uso de
ataduras para enfaixar membros a serem operados NÃO é considerado método seguro
de marcação do sítio cirúrgico.
- Uma lista de verificação pré-operatória para confirmar que
procedimentos importantes como a avaliação pré-anestésica, anamnese, exame
físico e consentimento informado foram realizados.
- O TIME OUT, uma
verificação final, feita no local onde a cirurgia ou o procedimento invasivo
serão realizados, em voz alta, pela equipe responsável. Nesse momento,
confirmamos a identificação do paciente, o procedimento e o sítio cirúrgico, utilizando
técnicas de comunicação ativa entre todos os participantes da equipe.
Meta 5. Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de
saúde
A prevenção e o controle de infecções são um desafio para a
maioria dos setores de cuidado à saúde, e as crescentes taxas de infecções
associadas aos cuidados de saúde são uma grande preocupação para os pacientes e
profissionais de saúde. A higiene adequada das mãos é essencial para a
erradicação dessas e de outras infecções.
Diretrizes para a higiene das mãos reconhecidas
internacionalmente são disponibilizadas pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos
(US CDC) e por diversas outras instituições nacionais e internacionais e os
serviços de saúde devem garantir a adoção destas estratégias e sua efetividade.
Meta 6. Reduzir o
risco de lesões ao paciente decorrente de quedas
As quedas respondem por uma porção significativa de lesões em
pacientes hospitalizados. É recomendada a definição e implementação de um protocolo de prevenção de quedas
onde todos os pacientes sejam avaliados e reavaliados periodicamente em relação
ao risco de queda, incluindo o risco potencial associado ao uso de medicamentos
prescritos e a adoção de medidas para diminuir ou eliminar qualquer risco
identificado, quando possível.
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